Mairi Gospel

terça-feira, 19 de abril de 2011

De quem é a culpa?

De quem é a culpa?
Conta-se uma história de que certa ocasião um homem que estava preso em uma penitenciária de segurança máxima ao receber a visita de sua mãe corre em sua direção. Ela alegre ao reve-lo também se direciona a ele com suas mãos estendidas ansiando por um abraço acolhedor. Os dois se encontram e de repente num lance grosseiro o homem a segura pelos cabelos e morde com toda sua força o seu nariz. A mulher cai no chão sem saber ao certo o que aconteceu e eis que seu filho lhe impõe o dedo e começa a lhe dizer aos gritos: – A culpa é sua, a culpa é sua. A senhora me colocou aqui nesta prisão. A mulher ainda mais atordoada o pergunta sentindo o gosto de seu sangue na boca: – O que você esta falando? Minha culpa? – Sim, sua culpa. Se a senhora não tivesse me mimado tanto desde criança. Se a senhora tivesse me corrigido nas tantas vezes que eu aprontava pela rua e no colégio. Se a senhora ao menos conversasse comigo quando eu chegava à casa de madrugada fedendo bebidas e cigarros. Mas não, a senhora nunca se importou comigo, a senhora nunca me amou. Agora eu estou aqui por sua culpa.
Esta história parece familiar com outra mais conhecida na Bíblia: “E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.” (Gênesis 3.9-13).
De quem é a culpa? Nas duas histórias o outro é sempre culpado pelos erros cometidos. O homem que estava preso entendia que sua mãe era a causadora de seu presente sofrimento. Adão responsabilizou Eva pelo seu pecado e Eva da mesma forma acusou outro, a serpente. Ambos os casos a culpa estava no lado de fora. Nesta forma de pensar se alguma coisa acontece de errado à responsabilidade primária sempre recai nos braços do outro.

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