Mairi Gospel

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Daniel 3 – No meio do fogo

Dietrich Bonhoeffer (1906-1945) lutou até o fim por suas convicções e foi enforcado por causa delas. Doutor em teologia pela Universidade de Berlim, Bonhoeffer ajudou a fundar a Igreja Confessante, que rejeitou desafiadoramente o nazismo. “Jesus Cristo, e não homem algum ou o Estado, é o nosso único Salvador”, proclamava. Em abril de 1943, o teólogo foi preso por ajudar judeus a fugirem para a suíça. Em 1945, três semanas antes de as tropas aliadas libertarem o campo em que ele estava, foi enforcado com o irmão Klaus e os cunhados Hans e Rüdiger.

Em toda a história do povo de Deus o martírio tem ocorrido e deixado claro para o Universo que seres humanos que amam a seu Criador estão dispostos a dar a vida por Ele e pelo que é certo. Misael, Ananias e Azarias também passaram por isso.

Nabucodonosor, vaidoso que era, mandou construir uma estátua enorme, toda em ouro. Lembra-se do sonho do capítulo 2? Apenas a cabeça, que representava Babilônia, era de ouro. Depois viriam outros reinos de metais diferentes. Pouco mais de duas décadas após ter tido o sonho,[1] as impressões iniciais causadas pela interpretação de Daniel se foram da mente do rei. Ao construir a estátua dourada, Nabucodonosor estava contrariando a profecia, como que dizendo que seu reino duraria para sempre.

Mas havia outra coisa envolvida nessa atitude do rei. Note que as medidas da estátua são um tanto estranhas: 60 côvados de altura por seis côvados de largura, ou seja, uns 30 metros por 3. Era quase uma “vareta”! Essas medidas não foram escolhidas por acaso. O seis é conhecido como o número do anticristo ou da imperfeição humana, em oposição ao sete, que representa a perfeição de Deus. Portanto, a repetição do seis na estátua era uma indicação de que ela simbolizava, na verdade, todo o panteão de deuses babilônicos (isso fica claro no verso 12). Nabucodonosor esteve perto de conhecer a verdade, mas se deixou levar pela vaidade. “Sentiu-se influenciado pelo temor de Deus; contudo, o seu coração não ficou purificado da ambição mundana e do desejo de exaltação” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 504, 505).

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