Mairi Gospel

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A soberba de Hawking e a humildade de Pascal

É frustrante (pra não dizer irritante) ver gênios da ciência e do pensamento querendo dar respostas para questões que são claramente “irrespondíveis” pela ciência. Do alto de sua brilhante carreira científica (que sempre admirei), o físico britânico Stephen Hawking parece estar se esquecendo de outra virtude importante para os pensadores: a humildade. O grande Isaac Newton se referia aos “ombros de gigantes” sobre os quais se apoiou para poder ver mais longe e admitiu que somos como crianças diante de um mar de conhecimento. Mas e Hawking, o que faz diante de perguntas fundamentais que apontam para os limites no natural (portanto, para o sobrenatural)? Tenta engambelar seu público e a si mesmo com palavras vazias como estas, extraídas de seu novo livro O Grande Projeto (E esse título, hein? É pra provocar?): “Cada universo tem muitas histórias possíveis e muitos estados possíveis em instantes posteriores, isto é, em instantes como o presente, muito tempo após sua criação. A maioria desses estados será muito diferente do universo que observamos e será inadequado à existência de qualquer forma de vida. Só pouquíssimos deles permitiriam a existência de criaturas como nós. Assim, nossa presença seleciona desse vasto conjunto somente aqueles universos que sejam compatíveis com nossa existência. Ainda que sejamos desprezíveis e insignificantes na escala cósmica, isso faz de nós, em certo sentido, os senhores da criação.”

Pra começo de conversa, não existem evidências conclusivas da existência de outros universos, o que Hawking e seus seguidores assumem como certo. E se não podemos provar que esses universos paralelos existem, de que vale teorizar sobre eles? A frase “nossa presença seleciona desse vasto conjunto somente aqueles universos que sejam compatíveis com nossa existência” é, para mim, o verdadeiro conto de fadas; é falar ao vento. Note bem: Hawking considera a vida após a morte um conto de fadas, mas se refere a multiversos improváveis e os descreve como se fossem reais! Há muito mais evidências históricas da ressurreição de Jesus Cristo (que é a garantia da nossa própria ressurreição) do que desses tais universos. Mas Hawking insiste em negar essas evidências para acreditar em fábulas metafísicas...

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