Mairi Gospel

sábado, 11 de junho de 2011

Ala homossexual do PSDB cobra explicações de deputado evangélico por negociar “kit gay”

O núcleo de diversidade sexual do partido não apoiou a omissão da bancada evangélica no caso Palocci
             

O núcleo de diversidade sexual do PSDB, o Diversidade Tucana, vai pedir para o partido cobrar explicações do deputado João Campos (PSDB-GO), presidente da Frente Parlamentar Evangélica, por ter negociado com o governo a retirada do Kit anti-homofobia.
No final de maio os parlamentares evangélicos e católicos apresentaram uma série de medidas para o governo federal caso eles não retirassem o material que seria distribuído para escolas públicas. Entre essas medidas estava convocar o então ministro Antonio Palocci para explicar em uma CPI o crescimento do seu patrimônio.
O Diversidade quer que o partido se posicione. O articulador do núcleo, Marcos Fernandes, diz que o grupo pretende ainda conversar com o presidente da FPE para “que ele, por ser do PSDB, ao falar como deputado, perceba a posição do partido”.
Para o discurso do deputado não está alinhado com os ideais defendidos pela legenda.
“Ele declarou que, se a Dilma insistisse no kit, que deputado chama de “kit gay”, eles (os parlamentares religiosos) iriam assinar a CPI do Palocci. O PSDB e o DEM é que entraram com pedido de CPI. Como ele disse que pretendia negociar?” indaga.
Fernandes diz também que o discurso do deputado evangélico não está alinhado com os ideais defendidos pela legenda, já que o PSDB tem vários projetos que protegem a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais).
Em post intitulado “O fundamentalismo avança, nós trabalhamos para combatê-lo!”, publicado no Blog Diversidade Tucana, João Campos foi chamado de “deputado no PSDB que aderiu ao obscurantismo e à pregação homofóbica como forma de se promover”.

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