Mairi Gospel

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cantora gospel Bianca Toledo conta seu milagre ao acordar de coma profundo: “Até os médicos duvidaram que eu sobreviveria”

Cantora gospel Bianca Toledo conta seu milagre ao acordar de coma profundo: “Até os médicos duvidaram que eu sobreviveria”
A cantora gospel Bianca Toledo, que passou 52 dias em coma, concedeu entrevista à jornalista Chris Bertelli, do IG, contando seu testemunho de recuperação.
Bianca conta que ao alcançar 36 semanas de gravidez, sentiu fortes dores e se dirigiu ao hospital, porém foi informada pelos médicos de que não estava em trabalho de parto. Enquanto era decidido o que fazer, o estado de saúde da cantora foi piorando, e então os médicos optaram por fazer uma cesárea emergencial.

Quando foi levada para a sala de parto, Bianca já estava entubada e inconsciente. Após o parto, descobriu-se que o intestino da cantora havia se rompido, e que o líquido fecal havia se espalhado pelo abdome, situação que os médicos consideram gravíssima. “Todos os meus sistemas estavam falidos, meus rins pararam de funcionar e eu fazia hemodiálise diariamente”, conta Bianca, que para os médicos, tinha poucas chances de se recuperar.
Durante o período que esteve internada, Bianca foi submetida a dez cirurgias de lavagem do abdome para remover o líquido fecal. Simultaneamente, sofreu duas paradas cardíacas, e uma dessas paradas durou seis minutos. “Posso dizer que durante esse tempo eu morri. Mas resolvi voltar a viver”, testemunha a cantora.

O processo de recuperação fez ainda com que Bianca passasse por outra situação delicada. Ela passou a ter problemas de coagulação, e necessitou de mais de trezentas transfusões de sangue, além de precisar passar por uma cirurgia no pulmão, que a fez contrair a bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), uma das mais resistentes infecções hospitalares. Para suprir a necessidade de doação de sangue, seu marido e familiares fizeram campanhas de doação no Twitter, além de pedirem orações aos fãs.

“Até os médicos duvidaram que eu sobreviveria”, afirma Bianca.
“O coma é uma agressão ao sistema nervoso central que faz com que as funções de manutenção de vigília diminuam. Se foi um trauma, um acidente, as chances são maiores no período de um ano. No entanto, em casos não-traumáticos, esse tempo gira em torno de três meses”, relata o neurologista do Hospital São Luiz, Álvaro Pentagna.

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