Mairi Gospel

terça-feira, 24 de maio de 2011

Réptil brasileiro extinto morreu na lama

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Medindo só 1,80 metro da ponta do focinho à extremidade da cauda, o Campinasuchus dinizi não se encaixa muito bem na definição de monstro pré-histórico. Mesmo assim, parece ter sido um excelente fundador de dinastia. Isso porque, segundo seus descobridores, o bicho é o membro mais primitivo [sic] do grupo de crocodilos que dominou o interior do Brasil na Era dos Dinossauros. Seus descendentes dobrariam de tamanho e virariam, ao que tudo indica, os predadores dominantes do inclemente semiárido que cobria São Paulo, Minas Gerais e outros Estados do país há dezenas de milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. O bicho acaba de ser apresentado à comunidade científica em artigo na revista especializada Zootaxa. Mas se trata apenas do começo do trabalho. O sítio que permitiu a descoberta da espécie, em Campina Verde (MG), ainda está repleto de material. “Parece que ali houve uma série de mortandades em massa ao longo do tempo”, diz Luiz Carlos Borges Ribeiro, pesquisador da Universidade Federal do Triângulo Mineiro e um dos responsáveis por descrever o bicho.

Os cadáveres da espécie podem ter se acumulado durante secas prolongadas, quando os crocodilos teriam procurado os poucos corpos d’água que sobravam para se enterrar na lama. No caso dos exemplares encontrados, não deu muito certo. “A densidade de material em Campina Verde é impressionante. Por enquanto todos são Campinasuchus, mas pode ser que haja outras espécies por lá”, avalia Borges. Apesar de terem procurado a lama na hora do aperto, os membros da espécie eram totalmente terrestres.

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